sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Linhaça e seus benefícios

Resumo do Artigo publicado na Revista Nutrição em Pauta:
Benefícios do Uso da Semente de Linhaça
A linhaça é uma semente de cor marrom escura, rica em ácidos graxos ω-3 e ω-6, minerais, vitaminas, fibras, além de um composto associado as fibras chamado lignana. O objetivo foi verificar alguns benefícios da linhaça, tais como constipação, menopausa e tensão pré-menstrual (TPM) e  foi desenvolvido com 30 mulheres no período de abril a setembro de 2003. Os resultados obtidos através de uma média quinzenal  demonstraram que  80,6% das mulheres melhoraram da  constipação, 36,4% obtiveram  melhora dos sintomas da  menopausa e apenas 4,5% referiram melhora dos sintomas da  TPM.
Os resultados mostraram que a semente de linhaça é uma boa fonte de combate a constipação, em relação a menopausa seria necessário que outros estudos fossem conduzidos para que se comprove seus resultados positivos, enquanto na TPM, os resultados foram  considerados insatisfatórios. Acredita-se que uma dieta equilibrada seja a melhor forma de preservar a saúde e evitar as doenças causadas pela alimentação inadequada.

conclusão
Das quinze mulheres com menopausa e constipação, apenas doze seguiram exatamente a prática e das quinze mulheres com os sintomas da TPM e constipação, apenas onze seguiram as exigências. Considerando a tabela de controle preenchida pelas participantes semanalmente, os resultados obtidos foram: na primeira quinzena 18,2% obtiveram resultados positivos em relação à menopausa, 63,6% na constipação e apenas 9,09% melhoraram da TPM. Na segunda quinzena, 45,4% das mulheres apresentaram melhora dos sintomas da menopausa, 81,5% melhoraram  da constipação e nenhuma mulher apresentou melhora na TPM. Na terceira quinzena, 36,4% das participantes melhoraram dos sintomas da menopausa, 86,4% da constipação e sobre a TPM nenhuma mulher relatou melhora. Na última quinzena, 45,4% das mulheres referiram melhora sobre menopausa, 90,9% sobre a constipação e 9,09%  sobre a TPM.
Os resultados mostram que a semente de linhaça é uma boa fonte no combate a constipação. Em estudos realizados por Burkitt (1984), foi verificado grande diferença no peso das fezes dos europeus, que é em média 100g/dia, em comparação com os africanos, que tem peso das fezes em média 400g/dia, devido a grande ingestão de fibras.  Um aumento da ingestão de fibras ocasiona um maior volume e peso do bolo fecal, que em contato com as paredes do cólon, estimula as terminações nervosas dos plexos mioentéricos (Kigma et al., 1993). De acordo com Duarte & Nascimento (1997), pacientes idosos devem consumir 100g diariamente de hortaliças, frutas e cereais integrais juntamente com 1,5 a 2 litros de líquidos para prevenir a constipação. A ingestão inadequada de fibras é  na maioria das vezes uma das causas da constipação intestinal funcional.
 Em relação aos sintomas da menopausa, estudos indicam que o consumo de fitoestrógenos podem reduzir a freqüência e intensidade dos suores noturnos e ondas de calor, pois essas substâncias seriam capazes de repor esses estrogênios que se apresentam em menor quantidade. Em humanos, a ingestão de 10g de linhaça/dia provocou várias mudanças hormonais associadas com menor risco de câncer de mama. A excreção urinária de lignana foi significativamente menor em pacientes pós-menopausa com câncer de mama quando comparadas com o grupo controle, que se alimentavam com uma dieta normal variada ou com uma dieta lactovegetariana.  Vale ressaltar, que tem se demonstrado que o consumo de linhaça pode também reduzir o colesterol total  e o LDL. Com base nos dados obtidos, verifica-se que a linhaça apresentou bons resultados para a  constipação, resultados regulares para a menopausa e resultados insatisfatórios na TPM. Acredita-se que uma dieta balanceada é a melhor forma de preservar a saúde e evitar as doenças causadas pela alimentação inadequada. A importância do uso da semente de linhaça em relação aos bons hábitos alimentares deve ser ressaltada, porém outras investigações sobre seus benefícios hormonais devem ser realizadas.
Autores:

Autores
 
Dra. Elisângela Colpo
 
Nutricionista (UNIFRA), Mestranda em Bioquímica Toxicológica (UFSM) e Docente do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA).
 
 
Dra. Luana Friedrich
 
Nutricionista (UNIFRA), Nutricionista do Hospital Convênio Casa de Saúde.
 
 
Dra. Viviani Ruffo de Oliveira
 
Nutricionista (UNIRIO), Especialista em Ciência dos Alimentos (UFPel) e Mestre em Agronomia-Produção Vegetal (UFSM), Docente do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA).
 
 
Ms. Cláudia Severo da Rosa
 
Química (UFSM), Mestre em Ciência e Tecnologia de Alimentos (UFSM), Doutoranda em Ciência dos Alimentos (UFSC) e Docente do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA)

  1. http://www.nutricaoempauta.com.br/artigo_completo.php?cod=537

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